quarta-feira, 9 de julho de 2008

Curiosidade Insética nº 13 - Elas voltaram!

Opa!

Mais de 3 meses (!) desde sua última edição, eis que as "Curiosidades Inséticas" retornam ao blog.

Conforme os senhores notaram, eu prometi publicar respostas pra mais 3 ou 4 correntes, à lá resposta ao e-mail do Red Bull... portanto, para inaugurar o clima "desmistificador" do blog, as "Curiosidades Inséticas" voltam nesse teor.

Eu infelizmente não reencontrei o link (se alguém conseguir, por favor, nos envie), mas naquele site que, eu já disse aqui, não considero uma fonte confiável de informações chamado "O Guia dos Curiosos" certa vez eles afirmavam que a mosca-do-gado (Stomoxys calcitrans) era o animal que se movia mais rápido, afirmando que ela podia voar a mais de 1367 km/h.

Eu nem sei de onde veio essa informação, mas certamente não foi um número cabalístico que o cara pôs lá por acaso. De fato, durante muitos anos, cientistas (e não apenas o dono do site...) consideraram que isso era verdade. Entretando, os especialistas concluíram que isso seria impossível, pois é maior que a velocidade do som (no ar, a 25ºC, ela é cerca de 1250 km/h). Tá, mas e daí? O que acontece é que, ao ultrapassar a barreira do som, a mosquinha seria submetida a variações de pressão tão intensas (sabia que é devido a isso o estalo do chicote? - mas esse assunto fica pra um próximo post) que certamente esmagariam - com sorte - (apenas) suas asas.

Outros contras ao vôo supersônico da mosquinha: ela deveria consumir o equivalente a um cubo de açúcar por segundo, para ter energia para isso e deveria bater as asas mais de 14000 vezes por segundo!

Agora olhem pra mosquinha e tentem imaginar se ela agüentaria tudo isso...

Só pra comparar, vamos aqui ao nosso "batômetro": (nome do inseto, seguido do nº de batidas por segundo)

Quironomídeo: até 1750
Pernilongo: até 600
Mosca da fruta: 250
Mosca doméstica: 200
Abelha: 190-200
Mariposa grande: 50-70
Libélula: 20-30
Gafanhoto: 18-20
Borboleta: 4-12

Uma outra curiosidade a respeito de asas e insetos, é que... sabia que alguns deles precisam "remar" no ar? Pois é. Existem certas vespas minúsculas que, devido ao seu tamanho (0,2 mm de comprimento), sentem o ar ao seu redor muito denso. Para elas, se mover no ar é mais ou menos como caminhar numa piscina é para nós. Por isso, elas têm as asas em forma de remos (ou seriam os remos que têm a forma de suas asas? :oP) para se locomoverem no ar. Legal, não? :o)

Ah, você quer saber mais sobre vôos supersônicos? Dê uma olhada aqui.